quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O livro e suas múltiplas utilidades!

Realmente é fascinante o quanto um códice pode ser capaz de inúmeras funções. Por exemplo, dia desses presenciei duas cenas curiosas no metrô. Vamos à primeira. Sempre vi Bíblias de capa preta e letras douradas – BÍBLIA SAGRADA. Mas de capa rosa (choque) e de letras pretas, nunca! Fiquei perplexo. E a capa não era lisa, não. Era toda felpuda. Até fiquei em dúvida se o que a moça, era uma moça, linda moça, tinha no colo um livro ou um bichinho de pelúcia. E, o mais curioso, era que a capa combinava com a vestimenta dela! O livro (sagrado) virou acessório da moda. Visualize: tênis rosa, cinto rosa, livro rosa e tiara rosa. Um espetáculo! Imagino que ela deve ter um livro pra cada ocasião. Um livro certo pra festas, um bem básico, outro pra jantares, um bem provocante, outro pro dia-a-dia frenético da cidade grande, etc, etc. Agora, vamos à outra cena, a segunda, também testemunhada por mim no metrô. Já é de praxe ver leitores nesse transporte público. Tem sempre alguém lendo um livro ou algum impresso dentro da composição, sentado ou em pé mesmo. Vale mencionar também que têm uns doidos que lêem na escada-rolante e até enquanto andam pela rua! Na Avenida Paulista têm muitos. Já esbarrei em vários! Mas, voltando pro que vi recentemente. O que era? Bem, digamos que foi algo bem incomum mesmo. Nunca pensei em utilizar o livrinho que trago comigo como um aliviador de coceira. Nunca, em sã consciência, por mais incômoda que fosse a maldita coceira repentina, saquei do livrinho a mão pra me coçar. Pois bem, caro leitor, foi justamente o que vi, atônito. A moça - era outra moça - simplesmente suspendeu a leitura, acho que era um livro de auto-ajuda; bem, fechou-o com o marca página, claro, inclinou levemente o tronco pra frente e coçou-se freneticamente com o códice. Coçou a região traseira; as costas, pra ser mais claro e pra que o leitor mais malicioso não entenda errado. Eh, meu velho leitor, o livro de auto-ajuda realmente é de auto-ajuda! Fascinante. Coisas assim só por aqui mesmo. Testemunha também se diverte.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ociosidade

Diante dela ficamos perdidos, sem saber ao certo o que fazer. Repouso. Marasmo desgraçado. Perda de tempo. No desespero, tentamos imaginar algo que pode ser feito, que deve ser feito, mas está tudo bem, tudo em dia, no prazo, nada pendente. Competência demais tem conseqüências. Planejamento resolve tudo; bem, quase tudo, imprevistos acontecem – ainda bem! Mas e quando nem eles surgem, o que fazer então? Ler um jornalzinho gratuito? Legal, mas não há nenhum a mão – e são tantos por aí. Ler um bom livro? Bacana, mas todos estão em casa, você não trouxe um contigo hoje. Bater-papo? Não dá, os demais estão trabalhando e os chefes tão aí rondando, de olho no que você está fazendo e se você está realmente fazendo. Escrever? Sim! Tanto no micro quanto num caderninho, ou folha de papel por aí disponível, afinal, faz-se necessário manter o cérebro em atividade, e escrever é uma excelente! Tu aproveitas pra treinar tua caligrafia, que anda péssima. Ou desenvolver idéias, por mais insanas que elas possam parecer a princípio. Escrever ajuda a pensar, é fato. E é por isso que eu cá estou escrevendo, ou melhor, que eu escrevi o presente texto. Estou cá com a ociosidade no trabalho. Preferia estar com ela em casa, lá ela é produtiva, aqui, no trampo, é martírio, tédio. Entretanto, banco o otimista, estou tentando tornar a ociosidade produtiva cá no ambiente profissional também. Essa idéia soa empreendedora, mas já está ultrapassada, acho. Enfim, escrevo, escrevo, buscando idéias, diálogos comigo mesmo, e o que eu encontrei? Encontrei algo que me faz bem, encontrei a possibilidade imprevista, mas espontânea e por isso mesmo autêntica, de criar! E isso é saudável, pra mim e pra ti, caro leitor transeunte!

sábado, 25 de setembro de 2010

Bancando o Rubem Fonseca (ou parafraseando o Mário Bortolotto)

Abro os olhos lentamente. Percebo que já amanheceu – tá um puta sol lá fora. O lençol velho, que chamo de cortina, não consegue bloquear satisfatoriamente os raios ultravioletas, mas é o único troço que tenho pra usar como tal e, sabe, dá até um charme cá pro ambiente. Ah, estou só. Certamente a puta já escafedeu. Não a sinto cá no quarto. Não ouço aquele ronco desgraçado que só ela dá. Não sinto aquele odor azedo que ela insiste em me dizer que é “afrodisíaco”. Puta engraçadinha. Foi embora e levou consigo suas essências, além do meu dinheiro, claro. Puta mesquinha. Sento na lateral da cama, com dificuldade, meu corpo jovem dói, meus pés tocam o chão frio. Acendo um cigarro, o primeiro do dia. Trago-o com calma, com prazer, cada pitada é um deleite. Bem diferente quando traço aquela puta. Sou agressivo, ela gosta, toda mulher gosta, e tenho muito gosto em fazer desse jeito, em trepar desse jeito, com força e avidez. A boceta dela fica quente. A boceta dela é quente. Esse quarto tá quente. Merda! Tô suado. O pano de cama tá úmido, sujo, amarelado. A puta não lavou a porra dos cabelos. Desgraçada. Os travesseiros tão zoados, tão cheios de fiapos loiros ensebados. Eh, ela deixou provas, evidências de sua presença. Ah, foda-se. Amasso a bituca no cinzeiro velho da cômoda. Levanto. Vou ao banheiro. Merda! Puta-merda! A desgraçada defecou dessa vez. Merda! E não deu descarga. Merda! Comé que pode um cuzinho daquele expelir esses troços grossos?! Até a boceta dela é apertadinha, porra! Comé que pode?!? Pego aquela escovinha, aquele bagulho utilizado pra limpar o vaso. Amasso o monte de merda. Amasso... Quebro, esmigalho em pedacinhos... Amasso... Dou uma, duas, três descargas seguidas, mas aquela massa escura não desce, não some. Meu receio é: o troço entupir. Merda! A escovinha quebrou. Merda! Vou ter que enfiar a mão lá dentro. Olho fixamente pro vaso quase transbordando de fezes, urina, pêlos pubianos e pêlos plásticos – algumas cerdas da escovinha se soltaram. Olho praquilo uns bons minutos. Pego outro cigarro – em cada cômodo do apê há um maço à mão. Acendo-o. Trago-o lentamente, pachorradamente, cá mesmo no banheiro. Cheiro familiar. Curioso. Dou um sorrisinho. Cuspo a bituca no vaso fétido. E a observo. Ela fica lá boiando, rodopiando... até fixar-se num montinho de merda. Aquela bituca sou eu, ou parte de mim, algo assim. Eh, o jeito é enfiar a mão lá dentro mesmo. Empurrar com os dedos a merda dura da puta. E enfio quase o antebraço direito inteiro, duma vez, com o rosto de lado, claro. Retiro a metade da escovinha, assim que minha mão a sente, jogo-a pro lado do chuveiro. Mergulho a mão imunda no vaso novamente. Forço a merda naquele buraquinho. Tudo flui, enfim. Tudo quase limpo. Dou descarga. Tudo flui; só que, a bituca não. Ela some-se no buraco e depois volta, emerge, e fica lá boiando, rodopiando... e suja. E fico olhando aquela bituca suja boiando, rodopiando... em meio a brancura do vaso sanitário... e a minha mão direita cá suja, pingando merda alheia...

sábado, 18 de setembro de 2010

Protopoema

Quem pode me amparar? Ninguém.
Estou sozinho; e para sempre estarei.
Não há alguém para caminhar
ao meu lado. Sozinho. Rejeitado.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

SSMS (35)

Humm... Veremos se antes do teu casório a gente se vê. Quem sabe na Despedida de Solteira, né verdade?! Mas, oh, ñ vou surgir de tanguinha preta dum bolo, hein!

SSMS (34)

Oi! Hoje, o clima resolveu se exibir segundo seu gosto sazonal predileto. Mas, se quiseres uma presença mais cálida, mais carnal, dê-me cá uma previsão!!! Bjos.