terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ociosidade

Diante dela ficamos perdidos, sem saber ao certo o que fazer. Repouso. Marasmo desgraçado. Perda de tempo. No desespero, tentamos imaginar algo que pode ser feito, que deve ser feito, mas está tudo bem, tudo em dia, no prazo, nada pendente. Competência demais tem conseqüências. Planejamento resolve tudo; bem, quase tudo, imprevistos acontecem – ainda bem! Mas e quando nem eles surgem, o que fazer então? Ler um jornalzinho gratuito? Legal, mas não há nenhum a mão – e são tantos por aí. Ler um bom livro? Bacana, mas todos estão em casa, você não trouxe um contigo hoje. Bater-papo? Não dá, os demais estão trabalhando e os chefes tão aí rondando, de olho no que você está fazendo e se você está realmente fazendo. Escrever? Sim! Tanto no micro quanto num caderninho, ou folha de papel por aí disponível, afinal, faz-se necessário manter o cérebro em atividade, e escrever é uma excelente! Tu aproveitas pra treinar tua caligrafia, que anda péssima. Ou desenvolver idéias, por mais insanas que elas possam parecer a princípio. Escrever ajuda a pensar, é fato. E é por isso que eu cá estou escrevendo, ou melhor, que eu escrevi o presente texto. Estou cá com a ociosidade no trabalho. Preferia estar com ela em casa, lá ela é produtiva, aqui, no trampo, é martírio, tédio. Entretanto, banco o otimista, estou tentando tornar a ociosidade produtiva cá no ambiente profissional também. Essa idéia soa empreendedora, mas já está ultrapassada, acho. Enfim, escrevo, escrevo, buscando idéias, diálogos comigo mesmo, e o que eu encontrei? Encontrei algo que me faz bem, encontrei a possibilidade imprevista, mas espontânea e por isso mesmo autêntica, de criar! E isso é saudável, pra mim e pra ti, caro leitor transeunte!

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