domingo, 14 de novembro de 2010

Caixa de saída (5)

“Amanda”

Amanda,

Fico profundamente triste, chateado deveras por saber que você não gosta de mim e nem tem interesse sincero em manter contato comigo. Se insisti em ter, foi mais pra alimentar a amizade entre a gente, pois, a amizade, esse sentimento cada vez mais raro, é essencial a todos os seres humanos. Não tive e nem tenho segundas intenções para com sua ilustre pessoa. Só queria mesmo tua estima e teu respeito.

Bem, sinceramente, espero que você esteja com pessoas de seu agrado. Espero que estes seus eleitos, estes seus escolhidos a dedo estejam ti fazendo muito feliz. Espero mesmo que eles também gozem de seu amor e bom-humor, pois, se estão contigo, se você as tem próximas, pessoas maravilhosas e de profunda confiança devem de ser.

Você é um pouco mais jovem do que eu, por isso, também espero que, quando ficar um pouquinho mais velha, perceba que na verdade, na dura realidade, estamos sós nesta vida. Eu queria mesmo era dividir um bocadinho da minha contigo, sem libido, mas você deixou bem claro que não quer e nem deseja isso. Sendo assim, vou respeitar essa sua vontade aparentemente sincera.

Cuide-se bem então, pois ninguém, acredite, ninguém cuidará de você, só você mesma.

É isso.

Este é o último e-mail que envio a você. Não vou mais ti aborrecer.

E não aguardo resposta.

Cordialmente e consciente,

BRO

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