candelabro
candelabro
cá
candelabro
candelábro
candelabro
candelabro
candelabro
candelabro
...
cantarolando
cantarolando
cantarolando
cantarolando
cantarolando
cantarolándo
cantarolando
cantarolando
cantarolando
cántarolando
cantárolando
cantarolando
cantarolando
cantarolando
cantarôlando
...
iluminária
iluminaria
iluminária
iluminária
iluminária
iluminária
...
carrasco
carrasco
carrasco
cárrasco
carràsco
carrascós
...
saltitante
saltitante
saotitante
saltitante
saltitande
saltitante
domingo, 27 de março de 2011
sábado, 26 de março de 2011
Móbiles: Safra (3)
enfermagem
enferma
age
em
má
fé
...
sentindo
indo
in
ti
sentindo
dó
...
corriqueiro
corri
e
ri
ei
o
corriqueiro
...
capacidade
a
cidade
capa
cá
a
idade
da
ida
...
bússola
olá
sol
olá
bússola
olá
sola
...
desinformação
in
má
forma
a
ação
desinforma
e
a
maca
si
forma
informação
...
devagar
a
vaga
vaga
devagar
vaga
a
vaga
devagar
deva
vagar
devagar
a
vaga
divaga
devagar
ar
vaga
e
divaga
enferma
age
em
má
fé
...
sentindo
indo
in
ti
sentindo
dó
...
corriqueiro
corri
e
ri
ei
o
corriqueiro
...
capacidade
a
cidade
capa
cá
a
idade
da
ida
...
bússola
olá
sol
olá
bússola
olá
sola
...
desinformação
in
má
forma
a
ação
desinforma
e
a
maca
si
forma
informação
...
devagar
a
vaga
vaga
devagar
vaga
a
vaga
devagar
deva
vagar
devagar
a
vaga
divaga
devagar
ar
vaga
e
divaga
terça-feira, 22 de março de 2011
Sinapses duma tarde vagabunda
- Veja: até as pombas da Augusta são safadas. Olha como elas vão avidamente, descaradamente para de baixo das mesas em busca de comida. São mui atrevidas mesmo! Nem se intimidam. Vão e bicam tudo que encontram pela frente.
...
“Sisos”
Perdi os sisos recentemente, aos poucos. Dois se foram de uma vez só! Num sábado de sol. Fiquei o dia inteiro cuspindo sangue. Um sangue escuro e consistente. Outro siso perdi sozinho, quase duas horas levou. E a dor, só veio depois. Depois que eu o perdi. A dor é uma manifestação da saudade, acho. De algo que deveria estar lá, pois sempre esteve, e agora não mais está. O último siso perdi semana passada. Levou quase duas horas também. Muito cansativo. Espetaram-me muitas anestesias, mas, no fim, quando o siso apegadíssimo ficou livre, a dor foi muito intensa. Meus olhos lagrimejaram instantaneamente. Até gemi. E a dor recente demorou a passar. Não me sentia nada bem. Tonto fiquei. Até cambaleei; minhas pernas demonstravam fraqueza precoce. Suado estava. E sem siso algum, finalmente. E dessa vez nenhum hemisfério da face estava exageradamente inchado. Parecia bem. Suspeitava que essa última cicatrização fosse mais tranquila que as anteriores. Engano. Houve, há dores, aquelas dores chatas, incômodas... Mas, contudo, sobrevivi. Posso ter passado os últimos dias de março, da primavera, amarrado, mas vislumbro que em abril, um novo mundo se abrirá diante de mim. Sem sisos veremos até onde vou, pois este outono promete! Apesar das quedas, das extrações forçadas e devidamente cobradas, e quitadas, um novo sorriso, uma nova voz e outra faceta da minha personalidade serão – até que enfim! – visíveis, e audíveis!!
...
Quando as amizades do presente não satisfazem mais suas necessidades afetivas, é hora de conquistar novas e sinceras amizades. Vale a pena resgatar amizades do passado. Alguns fantasmas podem até, agora, agradar, serem mais camaradas. Mas, infelizmente, como são fantasmas, costumam desaparecer sem motivo aparente. Solução então: insistir na conquista de novas e leais amizades. Quanto mais velho você é, isso é possível? Talvez sim, talvez não. Dependerá de quem procura. E procurar faz-se necessário. Ficar parado a esmo não é legal. Saia sozinho, por ora. Divirta-se consigo mesmo! Encontre pessoas no mundo real. Viver realmente é necessário.
...
Realmente é fascinante ver o quanto o corpo humano é capaz de se adaptar diante da realidade! Você aí que pega o Expresso Leste diariamente já viu. Acho que todo o mundo já viu a nossa capacidade humana de dormir em pé dentro dum veículo em movimento. Como isso é possível?! Desconheço as explicações científicas, físicas. Só comento aquilo que vejo. Digo: é impressionante. Até eu, que pega o tal expresso, já tirei uns cochilos em pé, entre a multidão espremida de trabalhadores. Não foi um cochilo daquelas pós um bom almoço, mas foi um em que eu não caí, então, já tá de bom tamanho. E, olhe, nem me apoiei ou me encostei em alguém. Mantive, como muitos, o equilíbrio e uma certa consciência; não dormi literalmente, só aparentemente. Quando dei por mim, já estava abrigado na estação Luz. Nosso corpo cansado do trabalho do dia anterior acaba arranjando uma maneira de descansar. Até onde vai esta natureza humana? Chegará um dia, de manhãzinha, em que finalmente cairemos e não conseguiremos mais levantar? Espero mantermos o natural equilíbrio por um bom tempo... Este tempo, nosso tempo, escorre lentamente. Um dia ele, e nós, consequentemente acabaremos. Eh, não temos mais tempo. Fim dos tempos.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Móbiles: Safra (2)
independentemente
independe
de
dependente
e
mente
e
dente
e
ente
em
mente
...
jornada
a
jornada
ornada
nada
dá
...
benedito
o
dito
bene
e
o
ito
dito
Móbile tríptico
flutuador flutuador flutuador
flutua a a
tua dor tua
dor tua dor
do flutua flutua
luto
Mobilificado = Móbile + Modificado ou Momô, ô vírus
separado
se
parado
pára
para
pôr
o
arado
par
a
par
separa
separado
terça-feira, 15 de março de 2011
Móbiles: Safra (1)
namorada
namorada
namorada
namorada
namorada
namo
namor
namora
...
amortecedores
o
amor
tece
dores
cedo
e
a
morte
cedo
amortece
...
navalha
aval
na
naval
há
...
deslumbrante
deslumbra
ante
a
umbra
deslumbrante
...
consolação
consola
a
ação
o
sol
só
consola
a
sola
...
correspondências
correspondencias
correspondênciàs
correspondências
correspondências
correspondencias
corresponde?
namorada
namorada
namorada
namorada
namo
namor
namora
...
amortecedores
o
amor
tece
dores
cedo
e
a
morte
cedo
amortece
...
navalha
aval
na
naval
há
...
deslumbrante
deslumbra
ante
a
umbra
deslumbrante
...
consolação
consola
a
ação
o
sol
só
consola
a
sola
...
correspondências
correspondencias
correspondênciàs
correspondências
correspondências
correspondencias
corresponde?
Miniensaio (2)
Em tempos em que o tédio assola a humanidade, nós, humanos, procuramos algo pra nos distrair, pra nos ocupar, na tola esperança de parecermos produtivos – a época atual nos exige isso, e cada vez mais cedo. Por isso, vemos a maioria das pessoas fuçando seus aparelhinhos celulares a cada pausa prevista, em busca de algum joguinho ou algum amigo ou conhecido online. Poucos vemos lendo um livro, uma revista ou uma revistinha, e ainda é mais raro ver, quase uma atividade em extinção mesmo, uns e outros caçando palavras num papel, ou até mesmo escrevendo palavras avulsas num caderninho de estimação. O que vou lhes apresentar nasceu assim, dum momento de ociosidade, dum momento de rascunhos avulsos numa folha de papel. Escrever à mão livre é algo que todos aprendemos. É sinal de instrução. Contudo, hoje em dia, aprende-se a digitar, a teclar primeiro antes de escrever com lápis ou caneta. A caligrafia atual anda péssima, ilegível. Cada vez mais raro são seus praticantes. Pois bem, meus Móbiles nasceram assim: dum momento ocioso em que me predispus a treinar minha caligrafia horrível. Rascunhava eu palavras ao acaso, assim de forma espontânea mesmo, e percebi algo que você, caro leitor, e todo mundo já percebeu um dia: palavras dentro de palavras. E fui escrevendo essas outras palavras abaixo dessa palavra inicial, mantendo um paralelismo, mantendo certa linearidade pra construir um sentido claro; não muito subjetivo. Estava me divertindo, estava sorrindo enquanto declinava palavras e seus significados. Eh, eu estava, de certa forma, caçando palavras, cruzando-as. Era um passatempo, admito. Um passatempo que muito me agradava. E vendo a forma desses textos, resolvi taxa-los de poemas, pois, além da forma em que ficavam distribuídos na página, tinham certa polissemia aparente, algo bem típico dos poemas, certo? No mesmo instante rotulei esses poemas de Móbiles, pois via, ali mesmo sobre a página, um certo movimento equilibrado e harmonioso. Realmente algo muito parecido com aquelas esculturas abstratas móveis suspensas no espaço por fios. Mais tarde, me dei conta, caí na real: será mesmo que isso que fiz é algo novo, afinal, tem lá algo do Concretismo, né?? Só que, diferentemente daquele movimento estético, retomo a linearidade, buscando um sentido mais claro, talvez, mais visível. E a liberdade que eles gozavam sobre a página, aqui, no meu caso, é suprimida. Meus Móbiles são mais presos mesmo. Espaços em branco até há, só que bem poucos. Até o título do poema eu retomo, mas ele não está em destaque, ao contrário, o título faz parte do poema, está no seu corpo, é o próprio poema. Uma palavra apenas é o título e o poema! Bem, sabe, isso que eu fiz pode até ter outro nome, é possível, não fui muito a fundo na minha pesquisa, mas mesmo assim, curti criar isso. E fique tranquilo, leitor amigo, nas próximas postagens exporei minhas criações, meus Móbiles. Espero que eles exemplifiquem bem o que tentei aqui explicar. Aguardem então essas safras.
domingo, 6 de março de 2011
Citações avulsas (6)
“... a arte só revela a realidade inventando-a...”
“(...) Na verdade, eles [os artistas] podem se valer de todo e qualquer recurso para se exprimirem e se inventarem.”
“Não resta dúvida de que o mundo de hoje pôs nas mãos das pessoas novos recursos tecnológicos, meios outros de comunicação e criação de formas, tanto no espaço como no tempo, e tudo isso gera novas possibilidades de inventar mensagens e imagens inusitadas.”
“... um inesperado universo de relacionamentos semânticos.”
“(...) O problema talvez esteja no fato de que, não tendo uma linguagem própria, o artista se encontra a braços com uma experiência sem limites, que o leva, com frequência, a perder-se na gratuidade do que concebe.”
“(...) A obra tem que, por sua qualidade, afirmar-se necessária a quem a aprecia. Aí reside o xis da questão.”
“Porque toda obra de arte é uma invenção, o artista, ao começá-la, nunca sabe como ela será quando concluída. É que, em sua elaboração, os fatores casuais têm papel decisivo: realizá-la é tornar necessário o que surgiu por acaso.”
“Isso explica por que a maioria das obras de arte dita contemporânea (...) mostram-se como algo gratuito: falta-lhes esse traço de expressão ‘necessária’ que define a criação artística.”
Fonte:
GULLAR, Ferreira. A obra necessária. Folha de S. Paulo. Ilustrada de domingo, 06 de março de 2011, E6.
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