“... a arte só revela a realidade inventando-a...”
“(...) Na verdade, eles [os artistas] podem se valer de todo e qualquer recurso para se exprimirem e se inventarem.”
“Não resta dúvida de que o mundo de hoje pôs nas mãos das pessoas novos recursos tecnológicos, meios outros de comunicação e criação de formas, tanto no espaço como no tempo, e tudo isso gera novas possibilidades de inventar mensagens e imagens inusitadas.”
“... um inesperado universo de relacionamentos semânticos.”
“(...) O problema talvez esteja no fato de que, não tendo uma linguagem própria, o artista se encontra a braços com uma experiência sem limites, que o leva, com frequência, a perder-se na gratuidade do que concebe.”
“(...) A obra tem que, por sua qualidade, afirmar-se necessária a quem a aprecia. Aí reside o xis da questão.”
“Porque toda obra de arte é uma invenção, o artista, ao começá-la, nunca sabe como ela será quando concluída. É que, em sua elaboração, os fatores casuais têm papel decisivo: realizá-la é tornar necessário o que surgiu por acaso.”
“Isso explica por que a maioria das obras de arte dita contemporânea (...) mostram-se como algo gratuito: falta-lhes esse traço de expressão ‘necessária’ que define a criação artística.”
Fonte:
GULLAR, Ferreira. A obra necessária. Folha de S. Paulo. Ilustrada de domingo, 06 de março de 2011, E6.
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