segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A conjunção anual das lágrimas

Sempre chove no último dia do ano. Mesmo estando no auge do verão, a chuva chove a toda nesse dia, último dia! Até parece que o Ano Velho chora por si diante do Novo que se aproxima. Afinal, muitas fatalidades ocorreram, mas muitas felicidades também. Se o ano que se finda choraminga pelas desgraças ou alegrias que nele se admiraram, eu não sei bem, não tenho certeza, nunca tive na verdade. Mas de mentirinha acredito, quase creio ou pressinto, que essa garoa insistente que cai, que nem cortina em fim de espetáculo, cai a fim de enxaguar as nódoas que ainda ficaram por aí apegadas. E mesmo que no dia seguinte, o primeiro do Ano Novo, o sol não tenha dado o ar da graça - sua benção celestial -, teimo em intuir que o frescor desse dia é herança, é esperança, enfim, é espécie de presente do quase ausente – o Ano Velho não se finda inteiramente, cada gota é semente... Mas se você, como eu, mora numa cidade grande, ou numa aí com graves problemas fluviais, batata, é enchente!!!

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