terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sob a Luz Difusa dos Inimigos

Um dia, quando tu acordares,
Verás que tudo foi pelos ares.
Não existe mais resistência,
Que lhe dê assistência

Ou qualquer coisa carnal.
Tudo, hoje em dia, é banal.
Até mesmo este enxoval.

Não fique assim tão surpresa,
Minha querida prisioneira,
Quando vir o que foi feito sobre a mesa.
Minha parceira já foi parteira.

O Caos reina cá no futuro.
E teu útero veio-nos por acaso.
E duma dezena de espécimes num vaso,
Quatro vingaram graças ao mercúrio.

Estamos finalmente otimistas!
Tu ficarás certamente em ametista.
Tu serás matre, a preceptora.

Autora, mãe, dum novo gênero humanóide,

Mais resistente,
Mais inteligente.

E independentemente do teu credo,
Os Sacerdotes do Grelho
Já se manifestaram.
As quatro crias serão denominadas Maria.

Uma para cada estação radioativa.
Quatro deusas nativas,
Deste planetóide sub-atmosférico
Chamado HPV2025.

Um comentário:

  1. Huhuuu, totalmente Bruno, hoje inspirado.
    É tão abstratos e tão delicados seus textos,
    acho incrível essa sua maneira de escrevê-los,
    um pouco banal e fatal, ao mesmo tempo anormal,
    desigual.

    Adoro!!!

    Beijo Grande!!!

    Bu.

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