sexta-feira, 27 de abril de 2012

A melindrosa

Mulher é foda. Você, fiel leitor, tá ligado porque. Mas deixe-me ti contar uma nova, uma coisa curiosa que vi esses dias. Ultimamente anda fazendo um friozinho, né? Outono finalmente resolveu dar as caras. Um tempo agradável anda fazendo; não estamos sofrendo altas ou baixas temperaturas demais. Tá bom. Tão bom que nós, homens, somos agraciados com a visão de pequenos paraísos carnais. Não falo de picanha, cupim ou fraldinha; falo de mulherzinha mesmo. É comum vermos essas adoráveis criaturas exibindo pequenas e generosas porções de seus lindos corpinhos por aí. Há muita mulher na praça mostrando pernas, braços e costelas neste clima outonal. E isso não é nada recriminatório ou de característica vulgar. Nada disso! Isso é a coisa mais natural que existe hoje em dia; mulher goza duma liberdade que a gente, pobres homens engravatados, nem podemos ter. Mas, convenhamos, tem mulher que excede essa tal liberdade. Sabe essas mulheres que imaginam estar num eterno verão tropical? Essas que se vestem como se estivessem no Rio ou no Deserto do Saara?? Pois bem, são essas que conquistam a minha atenção. E não só a minha, como a de muitos outros! Assim, vi uma dessas lá no Expresso Leste. Era fim de tarde, horário de pico, manja? Trem lotado e aquela acalorada criatura bem ali do meu lado. Não resisti, olhei pra ela. Não tive vergonha na cara, eu a encarei. Pô, mulher assim tá querendo atenção, né não?! Pois olhei. Prestei mó atenção na guria. Lambi com os zóios aquele corpinho convidativo, de cima a baixo várias vezes. Aquele cabelo negro, longo e liso era lindo de morrer! Acho que até a chapinha deu pau de tanta emoção diante da sua melhor criação. Seu decote também fazia os moribundos suspirarem de alegria. Taí algo que realmente valia a pena apalpar, sem pedir, e levar um tapa – mamões magnéticos e letais!! Bem, a moçoila tinha presença mesmo não sendo uma Anita. Eu fiquei a viagem inteira olhando para ela, e ela nada! A guria não correspondia, nem demonstrava coisa alguma. Só ficava encarando o próprio reflexo, e consultava, sempre, o maldito celular, ora pra ler mensagem, ora pra usá-lo como espelhinho. Definitivamente não dá para competir com esse aparelhinho desgraçado! É certo que ela sentia meus olhares indiscretos, mas sinceros. E, isso também é certo, ela estava curtindo me desprezar assim. Mulheres atraentes, vistosas curtem praticar essa atividade de desdém. Mulheres maquiavélicas assim são o que  eu considero como verdadeiras mulheres melindrosas. É quase uma piriguete, quase, mas deixemos essas para um outro post, ok?

5 comentários:

  1. Ei, xará!! Você já deve ter uma centena de crônicas sobre transporte público, hein?

    Show de bola todo o texto, mas "Lambi com os zóios aquele corpinho convidativo" e "mamões magnéticos e letais" são de cair na gargalhada!! rsrs

    Cara, vamos assistir cemiterio de automoveis sexta-feira naquele mesmo lugar, às 21hs? Só que dessa vez a gente volta antes do metrô fechar... rsrs Eu vou!!

    Valeu, abraço!!

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  2. Opa! Xará, valeu aí pelo comentário. Sempre tento fazer algo engraçado mesmo.

    Quanto a peça, pô, seria legal ir, mas devido ao horário, acho que não vai dar, não. Chego em casa umas 19h20, ficaria muito apertado. E eu tô afim de ver a banda Saco de Ratos naquele outro lugar, no Bar Noir, às 23h30, que até é próximo da Estação Caneca, onde vai ser a tal peça.

    Mas a gente vai se falando, beleza??

    Abraço!!

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    1. É amanhã no Club Noir, às 23h30? Se for, a gente se encontra no Noir...

      Abraço!!

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  3. Esse texto esta muito bom, é atraente o jeito que vc escreve... adorei.

    beijo

    lu

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  4. Atraente?! Poxa, Lu, muito obrigado! Fiquei surpreso com seu comentário, nunca tinha reparado nessa característica dos meus escritos. Valeu mesmo. Você me fez ver algo deveras curioso e inédito!!

    Ah, claro, um beijo pra você também!

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