Não tem trem nem metrô e cá estou num ônibus... A Radial tá parada. Volto pra casa ou encaro essa empreitada?? Mas e você onde está? Sugestão: fique em casa.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
sexta-feira, 18 de maio de 2012
SALGADINHOS
O mar é salgado
Mas quem o salgou?
Não vejo saleiros sobre a terra plana...
Tampouco pacotinhos em cestinhos de vinil
A lágrima é salgada
Mas quem a salgou?
Não vejo a salinidade que escorre sobre a face
Só sinto a solitude no canto dos lábios...
O preço disso é muito salgado!
Mas quem o salgou assim?
S'eu compro, isso ganha outro valor
E s'eu ganho, isso tem outro valor pra mim
E desde quando o salgado sai caro?
Salgar comida é arriscado
Provoca infarto e outras cardiopatias
O sal já não é mais bem-vindo
E o meu salário vai indo...
Sendo assim, que tal um salgado?
O pessoal da facul o come adoidado
Com suco, refri ou um cafezinho
É boa opção pra tapear aquela fominha de fim de tarde
Porém, se estiver sem saldo,
Sem alarde, minha gente, bora dividir um salgadinho
aqui e agora?
Pois amizade é assim mesmo
E isso não tem preço
Amizade é tudo de bom!
É açúcar que adoça o coração.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Quando Dona Baratinha resolveu pegar o metrô
Quando Dona Baratinha
resolveu pegar o metrô
não imaginava como era o
inferno na terra.
Se esperou muito na
plataforma, ao menos
esperou sozinha, pois a
todos assustou assim
logo que chegou.
Dona Baratinha não era
feia ou horripiloza,
nada disso, era até uma
gracinha
Dona Baratinha. Toda
charmosa de vestido rosa,
ou era uma camisola (?), e
com fitinhas coloridas
em cada anteninha. Nas
seis patinhas se
viam seis sapatilhas.
Branca, vermelha e preta,
um par de cada. Não queria
parecer
ordinária; queria mostrar
que era descolada.
Chegada a composição, não
se preocupou,
se meteu entre as pernas
da gente lá
enfurnada, e no corredor
se instalou, ou
lá tentou ficar.
A gente suada não a viu
entrar.
Mas quando a mulher de
topete a
viu ali, junto a seu pé,
deu um grito!
Aí foi uma confusão bem
ali no meio
do vagão. Mulheres medrosas
se afastaram
rapidamente. Trepavam nos ferros aos
berros. Alguns homens
também
gritavam feito garotinhas.
Outros tentavam esmagar a
podre da Dona Baratinha,
que não entendia bem o que
acontecia. E assustada
estava diante da
algazarra. Escapou por um
triz de cada bofetada...
A confusão foi geral até a
próxima estação.
Lá, Dona Baratinha saltou
sem um arranhão.
Mas triste ficou Dona
Baratinha, não
por causa do alarido
feito, mas sim do
seu vestido desfeito...
Das sapatilhas sobraram só
um pé de cada... E as
fitinhas sumiram
das suas lindas
anteninhas. Dona
Baratinha estava aos
trapos, só
farrapos sobre a
plataforma.
E mesmo assim, digamos,
meio
peladinha, Dona Baratinha
se foi assim
meio sorridente, pois
sucesso fez, a
indecente. Sua alegria era
assim transparente.
Porque ela gosta mesmo é
de causar!
E se assustou em vez de
provocar, tá
no lucro ainda, Dona
Baratinha. Sua vida é
um eterno recreio, e cabe
só a ela
preencher esse recheio.
FIM.
Assinar:
Postagens (Atom)