Ah, o chupão dado pela
mulher amada! É o troféu que sempre me falta quando estou de ressaca. Queria eu
tê-lo pra exibi-lo a gosto, sem medo bobo de perdê-lo. Maldito vício que só me
traz desperdício!
Pernas pra quem te quero! É
o que eu vejo neste início de verão. É cada coxão, meu irmão. Coisa doida de se
ver a cada quarteirão que passo. Não me aguento! Eu mexo mesmo. Fico até na
dúvida: qual que eu quero?? Ah, verão! Deus supremo da perdição!!
Paraíso sem par é um riso
triste no Inferno.
Dê o cu a quem você ama. Se
você não o deu ainda, bem, cê tem certeza do que cê tá fazendo??
Mulher que faz bico tem
problema de umbigo.
E daí que ela não vai ficar
comigo?
Só quero ser mais de um
amigo,
Não tô bancando o mendigo.
Nada disso!
Tô apenas cortejando a
pequena,
Que não tem pena de ninguém;
A tipa faz biquinho por
achar qu’eu tô de sacanagem.
Bobagem!
Lhe quero tanto bem,
Tanto que já não sei bem se
O biquinho que ela faz
É de pirraça, de cachaça
Ou de disfarce pela graça.
Ah, como eu sou fanfarrão!
Faz-me falta um amor de
verão...
E cá estou eu, mais uma vez,
matando o tempo na cachaça... Por que insistimos em antecipar a morte, hein?
Vida desgraçada essa minha que teima em ter a Morte como companhia.
Estranho... Quando saímos da
cidade grande parece que o céu fica mais próximo da gente.