sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Anotações de um bebum introvertido (14)

Caminhar é um hábito comum e saudável dos eternos solitários.





Você só entende perfeitamente que o celular é tão vital, tão íntimo de uma mulher quando você o vê enfiado por dentro da calça dela, junto à calcinha, sabe?





O que há de mais surpreendente neste mundo do que uma gordinha pedir um salgado sem carne??





Ah, a vida insectóide que copula em cima de um melão partido!... É divertido ver essas coisinhas pequeninas se reproduzindo sobre o que ainda resta ser comido.





Quando é que você sabe que o casal à sua frente é mineiro?? Ora, quando eles pedem duas doses de Red Label com pão de queijo!!





Meia-noite no metrô é assim: ou você aguenta firme até o seu destino, ou você libera geral pras bibas que tão de olho gordo no seu pau!!






terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Rolo

Não sei no que vai dar
Este nosso caso mal resolvido.
Já me cansei de andar
Rumo ao desconhecido.

A gente vai,
A gente volta;
A gente sai,
A gente solta.

E quando finalmente nos entendemos
Parece que o Destino nos desentende.
Aí, num dia qualquer, rompemos.

E ficamos meses sem nos ver,
Sem direito viver
Até o dia em que o Destino nos surpreende.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Minha ourivesaria imperfeita

Tentando fazer um poema
Acabo encontrando um dilema:
Ou dou-me por satisfeito com o que foi feito,
Ou engaveto o produto com defeito.

Tenho pilhas de ideias rejeitadas,
Tenho centenas de estrofes mal’acabadas.
Poema nem sempre sai fácil;
Poema sempre é uma ideia volátil,

Que ganha forma e corpo,
Um escopo,
Quando o corro na página em branco.

Aí, com o poema em mãos,
Sinto certa satisfação...
Bem, até a próxima breve inspiração.

sábado, 25 de janeiro de 2014

SSMS (82)

Cabeça, por onde tu andas? Aonde é que você se meteu?! Estarás ainda nas nuvens ou rolas suja nas sarjetas da rua?? Cê faz falta. Retornes logo. Ass., Seu Corpo.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O clichê do revivamento: ou o trivial mais vital que eu conheço

Um dia a idade chega
E as pessoas queridas se vão.
Um dia desses é só Solidão.

Quem não o aceita,
Fica doido,
Se encolhe todo de desgosto.

Quem o compreende,
Fica até contente,
Mas nunca o suficiente.

Saudades a gente sente
Nas horas mais inesperadas pelo ausente.
Mas essa falta invocada do nada
É tudo que temos de mais precioso,
Pois é delicioso se lembrar
Daquilo muito que vivemos juntos.

Recordar de quem se foi
Pode doer,
Pode até machucar,
Mas é bem melhor dias assim
Do que nenhum que se queira comemorar.

Assim, deixo cá o meu acalento:
Só fenece aquele que se põe no esquecimento.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A periguete high society

Eu a vi no cinema,
Loira de brincar;
Eu a vi desfilar
Quase nua de passar.
Tinha mais idade
Que as meninas em puberdade,
Mas era bonita de se ver,
Admirar, comer.
Gozava uns quarenta,
Mais que isso eu acho que não.
Era toda maquiada,
Queimada de sol –
Veterano verão.
Vestia um vestido curto,
Que imitava um animal,
Não sei bem se leopardo,
Chita, onça ou cobra-coral.
Ela exibia joias
Junto aos dedos,
No pescoço e nas orelhas...
Ela era uma perua estilosa,
Realmente coisa gostosa de se notar,
E, mesmo ficando difícil de acreditar
Com esse meu tom jocoso –
Que é natural e sem querer -,
A dama que vi era muito chiquitosa sim,
Não se engane com o meu descrever.
Ela era elegante sim!
Sem dúvida alguma.
Ela era do tipo bem em forma,
Malhada,
Não era, não, do tipo avantajosa.
Ela era uma periguete
Do tipo mais raro de se encontrar:
Ela era uma periguete com grana,
Que não mais engana pra se sustentar.
Fiquei assim sarapintado
Ao vê-la passar por mim assim,
E escrevi este poeminha
Pra me lembrar da tipa acima,
Em um dia aí qualquer
Quando eu estiver taciturno,
Carente em me fazer cafajeste.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Frustrado

Queria eu tanto
Aquele corpinho só pra mim,
Mas a dona ignorou meu pranto
E me deixou na mão assim.

Maquinei planos,
Bolei estratégias a rodo,
Mas nem com engodo
Cheguei próximo ao ânus.

A desejada me chutou,
Deixou-me de canto de castigo
E sozinho fiquei sem alívio.

Mais um dia fiquei sem meu vício,
Mais um dia não fiquei contigo,
Mais um dia a punheta não me bastou.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

BADASS

Bumbum bonito
Pra mim
É redondinho
É daquele tipo
Bem específico
Bem proporcionado
Que dá pra apalpar
Apertar, bater
De doer, mas sem machucar

Bumbum murcho
Não dá
Não rola
É coisa gelatinosa
Que pode até ser gostosa
Mas eu não meto colher de prata
Pra comer
Num troço desses
Nem pensar!!

Bumbum bonitinho
Pode até ter uns risquinhos
Isso é natural
Mas eu só meto o meu pau
Num bem macio e durinho

Afinal, veja bem, quem é prudente sabe
Que subir morro com risco de desmoronar
É sinal de alerta em broxar!!


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Minha poesia

Minha poesia é vulgar,
De uma vulgaridade que não cabe no papel;
É uma poesia de fel,
De véu que se tira antes da lua-de-mel.

Minha poesia é virgem que engana;
Ela não é pura de nascença,
Ela é indecente desde pequena.
Por isso, não cobre dela mais do que ela
Pode dar.
Aceite-a como ela é
E a leia sem moderação.

Até porque, moderar
É algo que não se vê nela.
Toda ela é de errar,
Errante diante da janela.
Pois, quem passa e estica o pescoço pra ver,
Assim mesmo por querer se intrometer,
Já logo avista o que bem entende,
E sai satisfeito com o presente.
Ou ainda mais encucado
Com o que foi lá exposto
Nu num quarto nublado.

Complicado?
Que nada...
Basta saber uma coisa:
Minha poesia é espontânea,
Conterrânea da tua esperança.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O vampiro dos olhos verdes (3)

Bisbilhoto de soslaio
O casal de namorados
Que se pega do meu lado.

Eles não se intimidam,
Diante de tanta gente,
O clima entre eles é muito quente!

Mesmo eu bem próximo,
Os dois não se soltam,
Não se desgrudam,
Chupam-se e se mordem ao máximo!

Fico constrangido quando a mina,
De esguelha, olha-me desafiante,
Convidativa, insinuante!...
Aí, eu não resisto mais à resistência, aceito o desafio:

Afasto o namorado num gesto rápido
E tasco uma mordida,
Profunda e infinita,
No pescoço da pequena traíra.

E foi assim, meio que sem querer,
Mas querendo me satisfazer,
Que amaldiçoei outra alma...

Alma essa que não era nada inocente,
Mas muito consciente do que fazia,
Só lhe dei a minha rubra fantasia.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

MádrOgadO

A bola rola na saída
A bala rala na entrada
A bola rala na esquina
A bala rola junto às tripas

Quem vê já pensa:
Outra vítima
Mas quem sente já sabe:
Sem alternativa

Viver não é fácil
Tampouco morrer assim:
Na frente de casa
Com o filho no colo
Que agora não mais ri

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

SSMS (81)

Cara amiga, não se esqueça, assim que o sinal vermelho se apagar, ascenda o meu desejo de esperança! Me deixe seguir rumo ao coração que ainda não existe, pois nem é verde o fruto do teu ventre.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

VOCÊ VERÁ

VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ DOCE VERY IMPORTANT D’OCÊ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ VERÁ VOCÊ DOCE VERDADE VERA VC SERÁ SE VER A VERDADE DO SER SOU EU SEM VOCÊ NÃO VIVO SEM VOCÊ NÃO VÊ VERA VEJA VOCÊ VEJA VOCÊ EU VEJO VOCÊ VERA OCÊ VERÁ