sábado, 29 de março de 2014

O poeta lê a sua obra (1)

Bem, amigo Antônio, cumpri o prometido.

Taí o vídeo!!

Espero que goste.

Admito que fiquei nervoso, pois nunca fiz um vídeo desse tipo, e também nunca li um poema meu assim; aliás, nunca declamei um meu em frente às câmeras, só em frente ao espelho mesmo.

Fiz três versões da leitura, porém, só publico aqui a que achei melhorzinha.

Cara, o negócio é bom!!

Vou fazer mais coisas desse tipo.

Forte abraço, amigo!!

E obrigado pela dica.

Bruno Oliveira





terça-feira, 25 de março de 2014

A amiga por de trás da tela



À Lu, essa doida 



Eu nunca a vi,
Não a conheço,
Mas lhe tenho profundo respeito.

Eu a admiro;
Ela me encanta,
Mesmo ela estando a uma boa distância.

Quem é ela?
Eu não sei bem.
Se é casada, se tem filhos, não sei.

Isso não me importa.
Gosto dela.
Pago mó pau.
Nosso caso não é carnal.

A gente se dá bem
Porque a gente tem aquilo que poucos,
Muito poucos vêem.

Nós nos vemos um no outro,
Nós não desejamos o corpo,
Nós apenas compreendemos o que passa
Na nossa mente desmiolada de graça.

Nós somos dois loucos que se respeitam
Na loucura doida de cada um.

Um grande beijo pra você, amiga Lu!!

segunda-feira, 24 de março de 2014

Anotações de um bebum introvertido (17)

A culpa é das estrelas em eu vê-la de bolsa grande e mini-saia preta as três da madrugadeira!!





Enquanto eu cá bebo e penso, penso nos problemas, nas desilusões, nos tormentos, cá penso e os esqueço, pois ao fundo toca um blues e nele, somente nele, neste momento, me perco, me deixo ir aonde eu nem mesmo sei, mas tudo bem, tô bem, tô de bem.





Ah, maldita sina desgraçada essa minha que teima em se interessar por mulher já casada! Ainda perco a vida por uma mulher assim mais atrevidinha.





Tomo gim como se não tivesse rim, tomo numa boa combinando com água tônica turbinada, não tô fazendo palhaçada, apenas tô curtindo a dor de corno junto com a rapaziada!!





Sou um cabra solitário, sempre fico de canto, pensativo, não me’nturmo fácil, não me dôo de bom grado, sou um cara de sombra, sozinho, numa boa, não me entenda mal, sou apenas um serviçal de mim mesmo, sou um vulto torpe sem alfazema.

segunda-feira, 17 de março de 2014

SSMS (84)

Meu, tá mó chuva por aki! Acho q São Pedro não tem apreço por mim. Como está por aí?? Se Noé aparecer com a arca, pede, por favor, pra ele passar aki em casa!!

CHAPADO

CHAPADO fiquei diante do alambrado.
E, mesmo alterado, não me fiz de rogado:
Fui mal-educado e puxei pro meu lado
A passista indecente sorridente.
Levei um tapa;
Levei um soco;
Levei um belo chute nos países baixos...
E, mesmo de quatro,
No chão encharcado,
Continuei CHAPADO, rindo um bocado.
Fui um otário.

sábado, 15 de março de 2014

Aguarde ser amado

Aguarde ser amado
Diz o aviso fixado.
O que isso quer dizer?
Esperar por um bem-querer?

Aguarde ser amado
Tá bem ali na tua frente.
E você, ficaria na fila,
Insistentemente??

Aguarde ser amado
Nada mais é do que
Um grande equívoco.

Aguarde ser chamado
Era o que estava escrito.
Só deixei o aviso mais atrativo.

sexta-feira, 14 de março de 2014

SSMS (83)

Pô, gata, cê tá ligada, meu pau duro no teu corpo tira até encosto! Tiro teu estresse por meio de um gozo danado de gostoso!! Só marcar aí o descarrego!!! Beijo.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Sem resposta

Minhas pernas ficam bambas
Quando eu estou com você.
Eu ainda não sei direito o porquê,
Mas acho que não resisto
Diante de tanto poder.
Será amor?
Será paixão?
Ou é apenas medo de mais uma desilusão?
Fico aqui pensando,
Mas não encontro solução,
Resposta cabível para essa constatação.
Por isso, me consolo e perpetuo:
Têm coisas na vida que não têm
Nem nunca terá explicação.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Agruras de um idiota (1)

Desde de sempre não ando bem, ando mal. Minha vida inteira daria uma única página, se eu, ou outro idiota, se metesse a escrever biografia. O caso é: ando torto. E não é por causa dos meus pés tortos de nascença. Não é bem isso. É que ando me corrompendo, corrompido. Sou homem e, todo homem, sofre de baixa autoestima – coisa essa bem natural nesses tempos de cão. Não me dou bem comigo mesmo. Odeio me ver todos os dias no espelho. Eu sempre vejo aquele cara com aquela cara! Coisa odiosa essa. Pode acreditar. Aquele reflexo me dá nojo, asco mesmo. Ele é bem diferente do que se vê por aí ultimamente. Não é limpinho, bronzeadinho; é sujo, feio de doer. Aquela barda desgrenhada, aquelas espinhas esmagadas, aquelas cicatrizes deformosas afastam qualquer um aí à vista. Porém, não é só da imagem - que vejo todo o dia - que eu sinto aversão, não, as atitudes por mim executadas também me deixam enfezado comigo mesmo. Eu sou chato. Eu sou o famoso filho-da-puta do bairro, do trampo e de outros lugares aí por mim frequentados. Trampo num emprego medíocre, ganho míseros três salários mínimos, que não acompanham a inflação mensal do mercado dito financeiro. Moro sozinho num cubículo sujo, escuro e frio. Não tenho amigos. Tenho hemorroidas, gangrena e hematomas pelo corpo todo; não sou o que chamam aí de gostoso; sou um fodido, fodidão. Sou aquele cara que não se encaixa em nenhum lugar, nem mesmo na sarjeta do bairro mais pobre da cidade, tampouco na cobertura vigiada dum apartamento de luxo. Sou pária. Sou podre. Sou um idiota aí qualquer. Não tenho ambição. Me contento com o pouco que eu consigo pra sobreviver neste mundo cão, violento e de culto às aparências. Não tenho sonhos; desisto vagabundentemente dos poucos projetos aí por mim iniciados, nunca terminados. Não trabalho na minha área, trampo na zona; zona portuária que não dá em lugar algum nem nada. Não tô na rede; eu tô por um triz. Não sou desses caras que fazem propaganda do próprio corpo. Não compartilho a felicidade qualquer e raquítica que tenho durante os dias anti-suicidas. Eu não sou homem de sorrir. Aliás, nem me lembro da última vez que isso se manifestou no meu rosto detonado. Sou um homem amargo, desgostoso. Sou tipo aquele peixe bobo e idiota que insiste em nadar contra a corrente incessante. Sim, sou aquele peixe que tromba constantemente com outros peixes, com outras coisas, na contramão; sou aquele trouxa que se machuca, se fere, se esfola todo pra desovar sua prole em águas mais brandas, límpidas e etéreas... pra enfim fenecer em paz.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Nabo no rabo

Num restaurante japonês, o nabo é cortesia pro freguês.
É ele que escolhe, com os zóios, o consolo anal a tira colo.
Afinal, é dele a saúde do próprio cólon.
Por isso, não se intimide, lá todo mundo tem a sua primeira vez!

Basta pedir com jeitinho o danado do bichinho.
Você mesmo escolhe o tipo:
Nabo-da-Índia, da-Suécia ou da-China maoísta!
Lá, tem até do-Diabo, aquele GRANDE desgraçado!!

Você o usa lá mesmo no recinto.
Não fique de cu doce, docinho!
Pede licença e manda ver no banheirinho,

Que tem até um chuveirinho para as tipas mais apertadinhas.
Se esqueça do Pudor; lá, cê pode até sentir dor,
Mas o prazer é garantido, basta relaxar bem esse seu cuzinho!!


segunda-feira, 3 de março de 2014

Anotações de um bebum introvertido (16)

arreguei,
preferi ficar
do que pular
tô de boa
tô à toa
não quero brincar
quero apenas estar
estar de bem
comigo mesmo
sem ninguém
nem mesmo você
neném





Pensava eu nas coisas quentes por entre as pernas e me queimei bonito por entre as velas.





E lá se vai e lá se foi, um sonho torto por entre a chuva de arroz!





Acho que toda forma de preconceito é inveja; inveja da felicidade que se manifesta independentemente do gênero.