domingo, 17 de agosto de 2014

NINFA EM VIGÍLIA SEM VIGIA

Rasga o céu,
Em noite enluarada,
O raio antes da trovoada.
Amiga minha está ao léu:

Nua em pêlo, papel
E tampouco sente
A chuva fria na pele quente.
Amiga minha sem anel

Caminha triste
Sem mais ninguém,
Mas talvez pressinta

Ou desconfia
Que tudo isso, à revelia,
É bem melhor do que certo alguém.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Meu pau é um poema

Meu pau é um poema
Que poucos sabem ler.
Se te pega assim de jeito,
Mete-se mesmo sem querer.

Meu pau é um poema
Que lhe enche a boca rota.
E outros espaços vagos
Na esperança tola por afagos.

Meu pau é um poema
Enrijecido naturalmente.
Às vezes encanta as puras,
Mas também bem assusta
Até as indecentes!!

Meu pau é um poema
E ele não é muito longo,
Tampouco curto por demais.
Ele é na medida certa.
Na medida que satisfaz!!

Meu pau é um poema.
Dizem lembrar uma romã –
Fruta toda fofa pro pecado
E muito boa!! Faz um bem danado!!

Quem quer pagar pra ver
Basta ficar de quatro
Num quarto vago
Ou num estrado
Feito frango assado.

Minha poesia é sempre de bom grado!!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O vampiro dos olhos verdes (4)

cabelo desgrenhado
rosto vermelho
quase ensanguentado

bocas abertas
lábios inquietos, ávidos
corpos bem grudados

calcinha preta à mostra
braguilha aberta...

abraços
fogosos
apertos
despudorados

e dois olhos verdes
de plateia desgostosa:
o amor dos outros
em dias de cólera!!!