Tornou-se
comum, coisa habitual provar que você é você mesmo. Nos tempos atuais, a identidade
é algo valioso, de supra-importância e, por isso mesmo, quem a tem, ou seja,
quem a pode provar, torna-se esse alguém realmente. Você é você mesmo se você
tiver ou portar algum documento autenticado por algum órgão oficial que atesta,
garante e dá fé que você é você mesmo e não algum outro aí qualquer. Mas isso
todo mundo já sabe. Ao menos sabem aqueles que têm idade suficiente para saber
disso. Contudo, chegará um momento em suas vidas que um documento oficial não será
suficiente para provar que você é você mesmo. Chegará um momento que você
precisará de alguém para dizer a outros aí que duvidem que você é você mesmo
que você é realmente você. Complicado? Sem dúvida! Pense: quem aí da sua
comunidade, seja ela real ou virtual, que pode atestar a outrem que você é você
mesmo? Você tem ao menos uma pessoa em sua vida que sabe quem você realmente é?
Se sua resposta for sim, meus parabéns! Hoje em dia, é muito difícil ter em seu
convívio alguém que realmente sabe quem você é. Na certa é alguém muito
especial, ou não, que você tem, ou teve, em sua vida. Agora, se a sua resposta
for não, meus parabéns também! Ora, o mundo anda tão complicado ultimamente, tão
hostil e nada amigável que não se revelar a ele o quem você é realmente já é um
ato justificável de sobrevivência. Nem tudo é o que parece ser. Nem todos são
como realmente são. Você e eu temos lá nossos segredinhos. E eles podem ser amenos
ou sombrios. Nós sabemos muito bem o que pode e o que não pode ser revelado
para um e para outros. Afinal, isso é um traço da nossa identidade. Quem nos
conhece só conhece uma parte de nós. São poucos ou quase ninguém que sabem quem
a gente é. Quem te conheceu na infância não tem a mesma visão de você dos que
te conhecem no trabalho, na faculdade ou na academia, certo? O mesmo se pode
dizer da família. Seus parentes mais próximos te veem muito diferente dos mais
distantes, não é? O mesmo se aplica a seus amigos. Então, dito tudo isso aí,
quem ou o que pode afirmar que você é você? Pense. Talvez você irá imaginar que
só você sabe quem é você. Muito bem! Isso é uma coisa importante. Sem dúvida. Saber
quem é você já é um grande salto para o sucesso, para a satisfação pessoal e
profissional. Entretanto, pense mais um pouco. Você sabe realmente quem você é?
Como você me provará que você é você mesmo? O que faz de você alguém que eu
possa reconhecer como você mesmo? Como você me provará que você está vivo? Pense
e me prove de sua única existência. Conte-me a sua história. Prove de sua
própria vida.
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