segunda-feira, 10 de julho de 2017

POEMA SINESTÉSICO

cheiro de café fresco pela manhã,
pãozinho quente nas mãos:
a manteiga derretendo em seu miolo,
a primeira mordida:
barulho de casca crocante
a primeira chuchada na xícara de café:
gosto macio e úmido de fervura
café preto:
o primeiro gole
sem açúcar,
amargo, forte
o segundo gole
com açúcar,
doce, alegre
o último gole,
porém
é sempre meio desagradável

começar o dia
assim
não é fantasia,
é a vida/poesia que acorda
na poesia/vida sentida

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