quinta-feira, 17 de agosto de 2017

A ÚLTIMA

À meia-luz enfim ela vem, caminhando, a passos lentos, próximo ao meu leito. Não a vejo sorrir ou chorar, a burca negra lhe cobre a face, e o corpo anoréxico de outras misérias. Tento lhe dizer alguma coisa. Talvez um último pedido ou clemência, mas a sua foice me rasga que nem corte de papel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário