TODO O MAL É VÍTIMA DELE PRÓPRIO

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Não se engane

Ele mente

Mente tanto

Que tem até crente

Acreditando no verme:

Vormitando

Tanta merda

Que até o tolete

Não aguenta a cagada —

Quem tem cu infantil

Vai entender a piada

 

Não vá na onda

Passe por ela

Não deixe ele te afogar

Pois é bem isso mesmo

Que ele quer

Matar-te na lama

Colocar-te junto

A muitos outros que lá já estão

 

Não seja burro

O mal que ele faz

É o mesmo que ele diz ser vítima:

Vitimizinha vitimizando

Ele inverte tudo

Até a vida

Ou tu aí pensas que ele é o Messias?

IN VÊNUS VI VIDA

concepção artística da superfície e atmosfera de Vênus - ESO / M. Kornmesser

A olho nu, não dá pra ver

O que lá longe fazem crer.

Seres alienígenas aos montes

Entre as nuvens, horizontes.

 

Vênus olhamos e qual poder

É esse que vemos ali nascer?

Fosfina é seu nome, tu sabes.

Micróbios fazem o que cabes.

 

Deusa alguma se acha

Nesta terra de gás, ácida.

Mas ainda há uma salvada.

 

Um fato em tudo se encaixa.

Toda vida é mui preciosa.

Se além, ela é mais vistosa.

 

PARÇA

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Parça

Ou cuzão

É amigo de estação

Se tu tá bem

Na melhor

Ele aparece sempre

Sem dó

Mas

Se tu tá ruim

Na pior

Ele some

Vira pó

 

Parça só vê grana na praça

A VIDA É UM INSETO MORTO NA PISCINA

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Na palma da mão

Cloro

 

Sobre as linhas da vida

Um inseto morto

Em posição fetal

 

A água escorre

E só fica

O corpinho inerte

E molhado

Sobre a palma umedecida

 

A vida é um inseto morto na piscina

INTROMETIDOS, UM AVISO

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Pare e pense:

Quando meteres o nariz

No bodelho alheio

Vá com calma

Pode ser um vespeiro

Onde tu se metes

 

Faça consigo

Antes

Uma enquete

Pra não destruir mundos

E fundos

Pois

Quem se adentra

Sempre é um intrometido

 

Então

Fique desde já de sobreaviso

OS GUARDIÕES DA FALÁCIA

Sofistas / Imagem: marceloguernieri.com.br

Parece até malandragem, bicho!

Mas não. É pura verdade.

Mais pura que cocaína no bucho!

Os guardiões ladram na cidade.

 

Cidade Maravilhosa, ô caralho!

Tá mais pra zona de bando brabo

Que se pinta de evangelho velho

E fodem com tudo e o resto, cabo!

 

Os guardiões ficam lá de tocaia,

Só no aguardo da desgraça!

Aí, aparecendo, farra fazem na praça

Até arrombar a sapucaia!

 

Esses aí são tudo pago

Com dinheiro público, óbvio.

Fazem porra nenhuma, córvio!

Somos todos trouxa, meu nego?