Em
um mundo
Onde
todos se debruçam
Sobre
diminutas telas planas
De
luz opaca enferma,
O
poeta verdadeiro teima
Em
olhar pra cima
E
vê: o todo do mundo
Mundo
novo à vista
E,
deslumbrado, repleto de outra vida
Poeta
sobre o que a maioria não vê
Bem
ali acima das fuças
Poeta
poetando resgatando o óbvio
Passando
bem longe das órbitas dos umbigos górdos
E
poeta de razão
Emocionando
a sua própria constatação
Do
que viu e ainda vê
E nesse
seu constante ampliar
Pouco
ou quase nada é compreendido —
Poeta
do presente nem sempre é querido,
Pois
ao futuro esse poeta pertence
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