![]() |
Foto noturna da obra do artista plástico Eduardo Srur (2008) / Evelson de Freitas/AE |
Quem passa por São Paulo e
vê
Um rio podre desses, o
Tietê,
Logo sente, bem lá no fundo,
Asco e tristeza de defunto.
Quem passa e fica aos
berreiros,
Pois perdera tudo, ó
Pinheiros,
Cansado de saber, sabe:
Que a água aqui não se bebe.
Quem passa, vê, na tevê, não
tem dúvida:
— Olha lá, mãe, o nosso
Aricanduva!
Rio que não é mais rio, é
córrego,
Transborda sempre e faz, do
bairro, arquipélago.
Quem passa, não adianta, só
acha
Que tudo isso aí é coisa de
cidade baixa!
Que não cuida do que é importante,
Pois é tudo feito por gente
ignorante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário