![]() |
Imagem: uol.com.br |
Com
a espada enriste, o herói vacila: diante de si, uma horda assassina; desejando
sangue e espumando vingança. O herói recua, um passo para trás é sinal de
fraqueza. A horda então avança, lanças pontiagudas empunham e facas de osso nas
bocas. O herói é massacrado. Seu grito é logo abafado, esquartejado. Os antropófagos
carregam seus troféus alegres enquanto a menina violada ainda chora.
Isolado
de todo mundo, o pai contempla o filho. Esse, pequenucho, não entende direito o
pai ali sozinho, separado de si e dos demais da casa. O pai tá de castigo? Pensa
o filho. E o pai, ainda de olho no filho, chora um choro mudo. Eh, o paizinho
fez malcriação.
Sozinha, com a cabeça encostada na parede, a garota espera. Com a tela iluminada na mão direita, ela contabiliza os likes e os dislikes. Seu rosto, lindo, perfeito, fica, a cada segundo, mais pálido; a maquiagem escura borrada dá-lhe um aspecto de máscara mortuária... Seu pulso esquerdo não pára de sangrar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário