quarta-feira, 10 de novembro de 2021

MORGUE


É uma salinha

Quase um depósito

 

Quem tem a chave

O abre

 

A luz é logo acesa

 

Antes em pleno escuro

Um grande embrulho é revelado

 

De lençóis brancos

De hospital

Ele é feito

 

Ao desatar os nós

(Quem coragem tem ao fazer isso)

Se depara com um plástico

 

Há um zíper ali

Abri-lo é o fim


Nenhum comentário:

Postar um comentário