segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Rabinhos luminosos!

- O que é isso? Me larguem! Qual é a acusação? Lascividade, ora essa. Admirar a beleza alheia não é crime, é gosto, apreço pelo estético. Não sou tarado, sou esteta. Sou inocente e bem intencionado. Não tenho segundas intenções, vejam bem, e vejam aí afora, pô! São elas que provocam. São elas que sinalizam atenção constante. Ora, meus caros, vejam lá aquele rabinho. Vejam! Está protegido num jeans justo, apertadíssimo. Confessem, não dá uma baita vontade de apalpar? De dar umas palmadinhas? E vejam como brilha! Conforme o rabo rabeia parece até que pisca-pisca só pra gente; tipo, vaga-lumeando maliciosamente símbolos do infinito no ar, tanto de dia quanto à noite – uma loucura! Ficamos hipnotizados, admitam. Me larguem, vai, faz favor... Somos as vítimas. Elas são os nossos algozes. E quando calçam saltos, aí é pra nos torturar sem dó. Elas não têm misericórdia. Gostam, gozam-nos via provocação direta. E reagimos feitos patetas, feitos moscas-mortas, moscas-varejeiras atraídas pela luz. E, se encostamos naquelas bandas carnais, naturais, mas de luminosidade suspeita, artificial e acessória, não dá outra: perecemos instantaneamente. E com um sorriso satisfeito, sacana nos lábios. Quê?!? Não estou me contradizendo, apenas.. Ei!

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