quarta-feira, 23 de novembro de 2011

CALANGO ENGRAVIDA MAIS UMA

Nesta terra de ninguém,
A vítima retém a lágrima,
Pois, quem está aquém,
Pra si há de ter estima.

E se um, dentre todos,
Demonstrar simpatia,
Não se engane, não se iluda, não, minha fia,
O vilão se esconde em toldos.

A esperança pode ser a última que morre,
Mas é de fome que vamos primeiro,
E aqui, nesta terra árida, é certeiro:

Ou você corre,
Ligeiro e sem vergonha,
Ou fica danada, esperando cegonha.

A escolha foi tua,
Quem mandou ficar nua?

E se me disser que foi de lua,
Cá em casa não fica, não, é rua!

A pica pode ter sido dura,
E você de bom-bocado,
Mas eu não fico calado,
Agora vais ver a vida sem verdura.

Um comentário:

  1. Nossa imaginei a cena direitinho, e esse jeito bruto de fazer poesia, que só me traz alegria, parabéns!!

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