A vítima retém a lágrima,
Pois, quem está aquém,
Pra si há de ter estima.
E se um, dentre todos,
Demonstrar simpatia,
Não se engane, não se iluda,
não, minha fia,
O vilão se esconde em toldos.
A esperança pode ser a última
que morre,
Mas é de fome que vamos
primeiro,
E aqui, nesta terra árida, é
certeiro:
Ou você corre,
Ligeiro e sem vergonha,
Ou fica danada, esperando
cegonha.
A escolha foi tua,
Quem mandou ficar nua?
E se me disser que foi de lua,
Cá em casa não fica, não, é
rua!
A pica pode ter sido dura,
E você de bom-bocado,
Mas eu não fico calado,
Agora vais ver a vida sem
verdura.
Nossa imaginei a cena direitinho, e esse jeito bruto de fazer poesia, que só me traz alegria, parabéns!!
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