Eu o via, pelo menos,
umas duas vezes por semana; às vezes três, às vezes quatro, quando eu tinha
sorte. Tínhamos um relacionamento amigável; enchia ele de carinhos e beijinhos.
Era gostoso agradá-lo. Mais gostoso ainda era provocá-lo; eu dava-lhe umas
lambidinhas e umas mordidinhas sempre quando me dava vontade. Ele não curtia,
óbvio, mas era uma brincadeirinha saudável, típica da intimidade. Ele ficava
meio chateado, meio retraído com isso, mas depois relaxava, ficava de boa. Ele era
uma graça, bonitinho mesmo. Por mais que ele fosse assim sossegado e um
pouquinho desconfiado, o que era bem justificável, pois admito sim que minhas
traquinagens tinham um objetivo sacana. Sacanagem sempre é bom. Dependendo,
claro, das intenções e, as minhas intenções, veja bem, eram as melhores
possíveis: queria preenchê-lo. Eu queria invadi-lo sem dó nem piedade, eu
estava super afim de arrombá-lo pra valer. Não que isso seja ruim, funesto ou
indecente. Não. Isso é só mais uma forma de satisfazê-lo, de contribuir honestamente
para sua felicidade. Ele era meu. Ou eu me iludia tolamente pensando que era. Tive
oportunidades concretas para realizar essas atrevidas, mas boas intenções, só
que sem proteção não rolava, mesmo insistindo contra mim mesmo. Assim, passou
semanas, passou meses e o que era lindo se acabou. Ele hoje me evita. Não o
vejo já faz um bom tempo. Não sei como ele anda ou como ele está ou com quem
está. Eh, definitivamente, ele não era meu. Aquele cuzinho nunca foi meu
afinal.
kkk cuzinho seu... só o seu mesmo querido.
ResponderExcluirbeijo
lu
O meu?!? Que isso, Lu... Melhor não.
ResponderExcluirBeijo pra você também!