Antigamente,
pensava eu, que o Amor era um sentimento duradouro, que nunca, apesar de tudo,
se findava numa desgraça. Bobagem. Atualmente, sei bem, que o Amor tem data de
validade; tem hora certa pra acabar. Porém, o dia em que ele vence, expira, não
é assim visível que nem nos produtos que compramos no mercado. Não. A data em
questão é invisível. Você não a vê, você não a enxerga impressa na sua frente,
você simplesmente a sente com a mente e com o corpo mesmo. É como dizem por aí:
“nosso Amor morreu”. E isso denota perda, ausência plena. O Amor não se
transforma em outra coisa, como outros aí defendem que sim se transforma. O Amor
não se transforma em ódio ou amizade. Essas coisas são outras coisas, outros
sentimentos, essas são emoções que tomam o lugar daquele sentimento que morreu.
Nada mais, ou nada de menos. Simples assim. O Amor é um sentimento de vida
própria; é tipo um vírus, ou uma bactéria, ou até mesmo um protozoário, enfim,
o Amor é um organismo que invade o corpo da gente, e que morre, quando tem que
morrer, oras. Amor eterno não existe. Nem mesmo o tempo é eterno! Porque então
o Amor tem que ser? Tudo tem seu tempo. Até o tempo tem tempo. E o Amor também
tem, entendeu? Nada dura para sempre. Nem mesmo o nada durou, porque então o Amor,
que é bem mais novo, durará? Parece que estou dizendo absurdos, não é verdade?
Mentira! Tudo isso é lógico, empírico, e meio niilista também, ou farrista, se
você me leu bem. Religião aqui não entrou porque é coisa diferente, é campo de
pesquisa de um colega meu, e não meu. Num próximo post, vou deixar que ele se explique. Minhas pesquisas permeiam o
concreto, o sujo, o visceral; aquilo que é próprio da carne. Meu colega te
mostrará o que ele vê além dessas coisas todas que eu disse. Aguarde-o. Ele
virá quando lhe der na telha. Seja paciente, meu caro amigo crente.
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