terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A periguete high society

Eu a vi no cinema,
Loira de brincar;
Eu a vi desfilar
Quase nua de passar.
Tinha mais idade
Que as meninas em puberdade,
Mas era bonita de se ver,
Admirar, comer.
Gozava uns quarenta,
Mais que isso eu acho que não.
Era toda maquiada,
Queimada de sol –
Veterano verão.
Vestia um vestido curto,
Que imitava um animal,
Não sei bem se leopardo,
Chita, onça ou cobra-coral.
Ela exibia joias
Junto aos dedos,
No pescoço e nas orelhas...
Ela era uma perua estilosa,
Realmente coisa gostosa de se notar,
E, mesmo ficando difícil de acreditar
Com esse meu tom jocoso –
Que é natural e sem querer -,
A dama que vi era muito chiquitosa sim,
Não se engane com o meu descrever.
Ela era elegante sim!
Sem dúvida alguma.
Ela era do tipo bem em forma,
Malhada,
Não era, não, do tipo avantajosa.
Ela era uma periguete
Do tipo mais raro de se encontrar:
Ela era uma periguete com grana,
Que não mais engana pra se sustentar.
Fiquei assim sarapintado
Ao vê-la passar por mim assim,
E escrevi este poeminha
Pra me lembrar da tipa acima,
Em um dia aí qualquer
Quando eu estiver taciturno,
Carente em me fazer cafajeste.

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