Abro o meu coração com dificuldade,
Apesar da pouca idade,
Ele teima em emperrar –
Muito tempo a esperar.
Dentro dele há muito pó:
Mágoas passadas amontoadas sem dó.
Dentro dele também há muito alvoroço:
Alegrias guardadas com muito gosto.
Coração aberto me lembra um depósito velho,
Careço esvaziá-lo sem credo.
Passo o pente fino nele e não esmoreço,
Mesmo encontrando nele antigos desejos...
Faço a faxina e me ponho no ledo aguardo:
Coração aberto não deixa de
sangrar.
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