Tô
velho. E isso implica pensar mais em coisas que normalmente eu não me dedicava
a pensar com frequência. Me explico: saúde. Antes, admito, eu não tinha essa
dedicação de agora em prezar, acima de tudo, a minha própria saúde. E de saúde
aqui não só me refiro à física, mas à mental também. Parece que, ao ficar mais
velho, as dores e os probleminhas físicos surgem e permanecem com mais
facilidade e teimosia. Uma dorzinha aqui hoje não é mais só mais um mau jeito
de ontem. Qualquer coisinha aí que aparece pode ser uma coisona que permanece. Cuidar
mais de si mesmo se tornou uma coisa necessária, coisa de vida ou morte até.
Pareço aqui um exagerado, porém, é a mais pura verdade empírica. Ficar mais
velho, e bem, requer mais e mais cuidados. A minha alimentação, por exemplo,
deu uma guinada drástica ao submundo descolado da alimentação saudável e
sustentável. A princípio, soa modinha dizer isso, mas se muitos aí a sua volta
já fazem isso e há muito tempo, você então, meu caro, tem que seguir o fluxo,
para não ficar pra trás cardíaco e incapaz. Cuidar da própria alimentação,
praticar atividades físicas com mais afinco e alimentar a mente com bons e
instigantes prazeres artísticos é a nova ordem mundial! Então, saia mais de
casa. Dê um rolezinho pelo próprio bairro. Leia mais. Ouça mais. Converse mais
com os amigos, com as pessoas ao seu redor. Desligue o celular. Pense positivo.
Em qualquer tempo, seja ele de crise ou não, é sempre bom fazer alguma coisa
que te faça bem sem prejudicar a si ou outrem. Eh, eu sei, tô velho. E a vida
me parece mais vida do que nunca. Comer bem faz parte da minha vida hoje. E sugiro
que isso faça parte da sua, que me lê, também. Coma alguma coisa diferente em
um dia da semana. Vá àquele restaurante que todos aí você vê indo. Experimente comer
bem e com prazer. Isso é possível, acredite. É engraçado eu dizer isso, mas,
poxa, ultimamente só o cheiro de comida boa me faz muito feliz! Sério mesmo. Hoje,
eu acho que a comida típica de cada cultura é a substância mais substancial da
felicidade de um povo, de uma nação, ou, se preferir, da própria humanidade. A redundância
aqui soa estranha, mas o diferente, o outro é bom e faz muito bem! Ficar mais
velho é sempre uma novidade.
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