Recentemente recebi uma
reclamação de um grande amigo meu: hoje em dia está cada vez mais difícil de
encontrar mulheres realmente interessantes. Confesso que algo assim já rondava
minha cuca. Porém, quando meu amigo manifestou seu veredicto, minha ficha caiu,
baixou o meu eu encucado: por que é tão difícil ultimamente encontrar esse tipo
de mulher?
Primeiramente faz-se necessário
definir o que é uma mulher interessante. Provavelmente cada um aí, que me lê,
têm em mente como esse espécime é, certo? É uma mulher que mexe com a gente de
um jeito diferente. Ela não é apenas sorridente, mas muito inteligente. É aquela
mulher que, sim, tem lá suas frescuras - ela não deixa de ser mulher -, mas
essas não atrapalham sua conduta, seu gosto por aventuras. Uma mulher
interessante é aquela que pode até estar ligada em moda, mas não reproduz
modinhas de estação; ela é aquela que prefere usar essas e outras informações
de cunho estético em benefício próprio e não para ostentação ao próximo; é
aquela mulher que tem personalidade indiferentemente da idade. Mulher interessante
é um amigo querido que a gente gostaria de comer. Bem, assim, melhor dizendo,
que a gente gostaria de levar pra comer. É mulher pra namorar, pra casar, você
me entende, né, leitor? A mulher interessante é o oposto da mulher
interesseira. Essa última, tu tá ligado, tá cheio aí na praça. Nem vou perder
meu tempo esmiuçando essa aí.
Bem, agora, por que é tão
complicado assim esbarrar numa mulher realmente interessante? Será que ela anda
por lugares específicos? Teria ela um habitat natural?
Claro, faço essas perguntas por
supor que meu grande amigo anda por lugares impróprios, inapropriados. Mas o
fato é: mulher interessante tem em todo lugar, basta reparar bem.
Geralmente essas tipas já são
comprometidas. Falo por experiência própria. Quando meus olhos captam a
preciosa é aquele sentimento crescente de felicidade, ou melhor, duma possível
felicidade eminente. Porém, sou realista, sou um puta dum cara ético, e reparo,
logo em seguida, nos dedinhos da menina. E quando avisto a aliança dourada ou
prateada é aquele sentimento desgraçado de derrotado, o pé de coelho sortudo
chegou primeiro...
Agora, e quando o broto é
solteiro, hein? O que você faz? Bem, o que eu faço? Ora, primeiramente, é coisa
do divino encontrar uma guria desse tipo assim soltinha. Não revelarei aqui os
meus xavecos. Mas, porra, puxo papo, né? Mentira! Mulher assim, como eu disse,
é tão raro que você nem mesmo acredita que ela está ali bem diante de você. Ficamos
só de olho; alimentando a miragem ali presente; torcendo que permaneça ali
presente e não se esvaia inesperadamente. Se o contato for feito, se algumas
palavras e sorrisos forem trocados, mal falamos bem, ga-gaguejamos muito,
ficamos nervosos, parecemos uns garotinhos tímidos diante de um mulherão.
Mulheres assim, interessantes,
instigam a gente. Ficamos intimidados diante delas. Ficamos na dúvida suicida se
ela, a tipa, durante um bate-papo cara-a-cara, está dando mole ou sendo
simplesmente simpática com a gente, infelizes desgraçados necessitados. Falando
assim, parece até falta de autoestima da nossa parte, né? Parece até carência de
corajosas investidas, não é mesmo? Que nada! É fato: a maioria de nós, homens,
não sabe ver a mulher além da bunda. E quando vê, não sabe o que fazer.
Cara, como é que a gente
conseguiu se reproduzir assim?! Eh, estamos destinados à extinção... Ou não. Basta
se lembrar de uma coisa: atitude é sinônimo de felicidade. A mulher é como a
arte: vence-se mais com a audácia do que com outros meios (Graça Aranha)! E a
mulher interessante é isso, ela é o sonho máximo da nossa vida.
nossa, que lindo!
ResponderExcluirquer uma dica?
nunca desista, o que mais tem por aí, é homem que vc vê que percebe, mas não insiste, nada mais broxante. cuidado pra não pagar de amigo, não se esqueça de mostrar que vc é homem e tem tesão nela de verdade. ahahaha eu sei que conselho é uma merda, e vc não pediu, mas não resisti.
Já tô ligado nessas coisas faz é tempo, Lu! Mas agradecido pelo conselho. Seus conselhos nunca são demais. Beijo!
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