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Quer saber? Posso não ser a melhor pessoa do mundo ou o homem que toda a mulher
sonha em ter, mas sou um pai super legal. Tenho lá meus defeitos, tenho cá meus
vícios, porém, minha filha me ama. E é isso que realmente vale a pena saber,
sabe? O resto é resto. Cuido bem da de menor. Não deixo que falte nada para
ela. Ela não é minha princesinha, não gosto dessas alcunhas fresculentas, ela é
minha menina, ela é minha filha, simples assim. Posso chegar em casa morto de
cansaço, todo estressadinho com alguma picuinha do trampo, é coisa que acontece
sempre, mas quando já imagino minha pequena sentadinha no sofá, que fica de
frente pra porta de entrada, só no meu aguardo, e, quando abro a porta e a vejo
saltar rápido e alegre de encontro a mim, para me abraçar as pernas, não me
dando chance alguma de me abaixar pra abraçá-la direito, todos os problemas da
minha vida são ex-ter-mi-na-dos, naquele simples gesto, naquela demonstração
sincera de afeto. Também amo minha filha. Assim qu’eu chego já bato um bom papo
com a pequena. Ela me conta sobre o seu dia e eu só fico na escuta, todo besta,
todo sorridente enquanto ela tenta me dizer, com palavras novas recém-aprendidas,
as coisas todas que aconteceram com ela durante o dia, durante esse longo tempo
em que ficamos separados. Depois qu’eu tomo um bom banho e depois que a gente
manda pra dentro um lanche caprichado feito pela gente mesmo, a minha filha e
eu brincamos juntos, a gente aproveita algumas horinhas da presença um do
outro. Ela não curte brincar de boneca. Criei bem a minha filha. A gente curte
jogos. A gente gosta mesmo é de ler histórias juntos. Nós dois jogamos cartas,
dados, dominó, xadrez e outras pecinhas aí de tabuleiro. Nós dois lemos gibis,
revistas, livros. Nós dois detonamos dezenas de caça-palavras e centenas de palavras-cruzadas.
A gente dança juntos também. Batemos cabeça feito loucos ao som de um bom e
velho (e novo também, por que não?) rock’n roll!! Fazemos essas coisas e é tão
legal vê-la ali aprendendo, se divertindo, às vezes, se enfezando, tadinha, com
alguma coisinha tola. Eu faço essas coisas todas com ela e me sinto super bem. Eu
faço carinhos nela enquanto a gente brinca. A gente se ama. A gente se quer
bem. A gente vive num sonho real. Ela é minha filha e eu sou o pai dela. Somos
a dupla perfeita.
hm... esperando o próximo fragmento, confesso que fiquei com medo desse aí, só relaxei qdo acabou.
ResponderExcluirbeijo
Medo?! Por quê, Lu??
Excluirmedo de violência sexual, sei lá, trauma.
ExcluirAve Maria, Lu!! Que elemento do texto te vez ter essa impressão?? O intuito dele era despertar aquele sentimento agradável da paternidade sem esposa. É curiosa essa sua interpretação. Realmente não dominamos o sentido de um texto após libertá-lo da cachola e expô-lo ao mundo. Obrigado pela visita!!
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