segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

CUZINHO FUGITIVO

Corre a passos curtos,
Mas ligeiro,
Criaturinha branca aveludada.

Corre toda pelada e apressada.
Estará, criatura, atrasada?

Corre a toda sem olhar para trás;
Corre de um jeito que lhe satisfaz.
Criatura, pra onde vais?

Criatura não tem condão,
Mas lembra e muito o algodão.
Seu pelo reluz por inteiro.
Criatura, que corre, será um coelho?

Coelho corre apressado,
Visivelmente determinado,
Talvez para não chegar atrasado
Ou, quem sabe,
Talvez foge porque é perseguido...

Coelho corre preocupado,
Não há dúvidas quanto a isso,
Ele ruma à sua toca-túnel para outros mundos!

Bobagem esses meus achismos,
Baboseira tremenda esse meu fanatismo.
Coelho corre mesmo é de medo:
Estão de olho vivo é no seu lindo traseiro!
Estão querendo lhe arrombar os nervos!

Corre!
Corre, pequeno companheiro!
Empalado será se for pego.

Não importa o tamanho do chamego,
Que lhe vem por trás guloso a lhe perseguir,
Pau d’alho no rego não é refresco
E ti deixará mais doido
E dolorido
Do que o cu do Chapeleiro!!

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