Acho natural essa volta a textos meus de outras épocas.
É como se eu estivesse passando por uma revisão pessoal (ou textual) antes de
engrenar de vez em novos projetos de cunho literário. Sei bem que sou só uma
formiguinha neste vasto universo de pessoas que escrevem e que tentam viver só
disso exclusivamente. É difícil. Mais difícil ainda se você não corre atrás, se
dedica com afinco nesse projeto. Eu, por exemplo, admito que não estou tanto
assim focado nisso. Passado vários anos desde o início neste passa-tempo, ainda
o encaro como um passa-tempo. Já vi que há bons cursos aí em voga pra me profissionalizar
e tal, mas, não sei, ainda acho que é muito cedo pra dar um passo maior em
direção a isso. Até tenho uma coisa aí escrita e um punhado de poesias minhas
reunidas pela metade, porém, parei com isso, não dei prosseguimento, encostei
de vez até ter vontade novamente para tal. Não sei o que há realmente comigo (medo?).
Acho que estou esperando algo que eu nem sei bem o que é. Essa volta aos textos
antigos talvez seja um sinal de alerta. Talvez isso signifique um ponto de
virada. Não sei. Não tenho certeza de nada. Ando vendo por aí que um bom
escritor é sempre muito consciente no que faz, no que escreve. E eu não sou
assim! Ao contrário, muito do que escrevo é meio inconsciente, inconsequente até.
A espontaneidade faz parte do meu estilo, mesmo que tende para o bom ou para o
mau. Admito que há coisas ali pensadas, bem pensadas às vezes. Porém, na
maioria das vezes em que me proponho a escrever, deixo a minha mente seguir o
seu próprio fluxo e fazer suas próprias conexões. Só depois que o “eu” entra
pra por ordem na coisa toda. Vai ver é por isso que meus textos não são tão
visualizados e comentados. Vai ver eu escrevo mal pra caralho mesmo! Ou vai ver
eu não tenho um bom marketing
pessoal, quem sabe? Enfim, tudo isso aí é devaneio, coisa boba. Mais vale
continuar sendo eu mesmo e continuar escrevendo pra solucionar o grande
mistério que é a vida. Escrever ainda é isso, não é?!
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