sábado, 2 de novembro de 2019

SOBERANO: O PLANETA DA FOME_PARTE III_PÉTROS, QUINDJIN E RASTAFANNY_CAPÍTULO XXVII

"O espaço interno era amplo..."

Pétros e Rastafanny salivaram ao mesmo tempo ao verem a Quindjin. A baba de ambos tornava a cena a mais nojenta já vista, pois os dois estavam empapados de sangue e secreções deles mesmos e dos seres mortos por eles até ali. Já o cenário interno tinha outro aspecto. O espaço interno era amplo, dava para ver que alguém, ou coisa, utilizava aquela caverna como uma moradia de guerra – poucos objetos e instrumentos não muito distantes um do outro para serem recolhidos às pressas e de uma vez só. A última Quindjin estava repousada numa espécie de ninho improvisado com panos velhos e encardidos sobre um pequeno altar de sucata igualmente improvisado, mas, aparentemente, estável. Pétros e Rastafanny adentraram na caverna correndo. Pegaram na última Quindjin ao mesmo tempo. E ficaram se estranhando... Um olhando torto para o outro. Suas armas eles sacaram logo; lançaram, um no outro, projéteis sujos e enferrujados de munição. A luta corporal foi feia e sem moral – eles se mutilaram brutal e rapidamente quando as balas se extinguiram. Pétros e Rastafanny se mataram sem dó. Durante a luta, e até a morte, não perceberam Omotep, espremido e trêmulo, enfiado no teto.

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