segunda-feira, 22 de agosto de 2022

UMA CRÔNICA TRISTE

Imagem: significados.com.br


A crônica é um gênero, é um tipo de texto que preza, na sua essência, no seu cerne, por assuntos mais leves, por temas mais amenos e até divertidos, engraçados de ler.

A crônica ideal tem que ser curta, breve, sem enrolação. Quem a lê, já logo a entende nas primeiras linhas, afinal, esse gênero textual, é próprio de jornal, impresso ou virtual, e lá, nesse ambiente rico em textos, quem por lá se embrenha, logo lê o que quer, ou o que lhe chama mais atenção, para, em seguida, ler outra coisa ou não, certo?

Pois bem.

Uma certa poética também é esperada numa crônica típica. Aí vai do gosto ou da capacidade inventiva, e imagética, do seu autor a adição desse “tempero” ou não na crônica — bons e maus cronistas são, ou deveriam ser, verdadeiros mestres nisso.

Contudo, porém, entretanto, tá muito complicado redigir uma boa e otimista crônica seguindo esses pressupostos aí de cima hoje em dia.

Cá no Brasil, e no mundo, excelentes humoristas, comediantes estão nos deixando deste plano físico para fazer graça em outros planos, em outras paragens metafísicas aí infinitamente existentes.

Fake news adoidado anda rolando a rodo aí pra tudo que é lado! Difícil está entender um e outro aí na praça. E este ano então, 2022, ainda tem um agravante: ano eleitoral eleitoreiro.

Há muita gente por aí e por aqui também passando fome e em situação de rua. Já estamos cansados de saber que a pandemia aí que passou, e ainda passa passando, agravou ainda mais uma situação vexatória existente em um país promissor que estava erradicando isso. Porém, não progredimos, atrasados ficamos e ainda estamos. Você aí que me acompanha aqui sabe bem: muitos prédios são aí construídos enquanto mais e mais gente não têm um teto sequer pra se abrigar.

Guerras e conflitos armados ainda são noticiados à exaustão e a violência urbana é cada vez mais uma certeza certeira que não tem fim!

E olhe que nem comentei sobre os preços das coisas aí no mercado, hein! Tudo indica que os anos 1990 estão de volta e junto com eles a inflação e o sequestro das contas bancárias dos fatídicos anos Collor!!

Até peço desculpas aí pra vocês leitores e leitoras amigas, mas precisava registrar aqui a mudança histórica do tom da crônica desta segunda década do presente século.

Tá difícil pra mim! E pra todo mundo.

Espero, de verdade, que esta seja a única crônica triste deste blog.

Anseio por tempos melhores.

Quero, desejo crônicas mais leves, mais divertidas e engraçadinhas como sempre deveriam ser.

Mas tá osso, viu!


Nenhum comentário:

Postar um comentário