Imagem: significados.com.br |
A crônica é um gênero, é um tipo de texto que preza, na sua essência, no seu cerne, por assuntos mais leves, por temas mais amenos e até divertidos, engraçados de ler.
A crônica ideal tem que ser curta, breve, sem enrolação. Quem a lê, já logo a entende nas primeiras linhas, afinal, esse gênero textual, é próprio de jornal, impresso ou virtual, e lá, nesse ambiente rico em textos, quem por lá se embrenha, logo lê o que quer, ou o que lhe chama mais atenção, para, em seguida, ler outra coisa ou não, certo?
Pois bem.
Uma certa poética também é esperada numa crônica típica. Aí vai do gosto ou da capacidade inventiva, e imagética, do seu autor a adição desse “tempero” ou não na crônica — bons e maus cronistas são, ou deveriam ser, verdadeiros mestres nisso.
Contudo, porém, entretanto, tá muito complicado redigir uma boa e otimista crônica seguindo esses pressupostos aí de cima hoje em dia.
Cá no Brasil, e no mundo, excelentes humoristas, comediantes estão nos deixando deste plano físico para fazer graça em outros planos, em outras paragens metafísicas aí infinitamente existentes.
Fake news adoidado anda rolando a rodo aí pra tudo que é lado! Difícil está entender um e outro aí na praça. E este ano então, 2022, ainda tem um agravante: ano eleitoral eleitoreiro.
Há muita gente por aí e por aqui também passando fome e em situação de rua. Já estamos cansados de saber que a pandemia aí que passou, e ainda passa passando, agravou ainda mais uma situação vexatória existente em um país promissor que estava erradicando isso. Porém, não progredimos, atrasados ficamos e ainda estamos. Você aí que me acompanha aqui sabe bem: muitos prédios são aí construídos enquanto mais e mais gente não têm um teto sequer pra se abrigar.
Guerras e conflitos armados ainda são noticiados à exaustão e a violência urbana é cada vez mais uma certeza certeira que não tem fim!
E olhe que nem comentei sobre os preços das coisas aí no mercado, hein! Tudo indica que os anos 1990 estão de volta e junto com eles a inflação e o sequestro das contas bancárias dos fatídicos anos Collor!!
Até peço desculpas aí pra vocês leitores e leitoras amigas, mas precisava registrar aqui a mudança histórica do tom da crônica desta segunda década do presente século.
Tá difícil pra mim! E pra todo mundo.
Espero, de verdade, que esta seja a única crônica triste deste blog.
Anseio por tempos melhores.
Quero, desejo crônicas mais leves, mais divertidas e engraçadinhas como sempre deveriam ser.
Mas tá osso, viu!
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