Mostre-me a falsidade
Colorida em algoritmos,
Rejuvenescida em telas LED
Para as gentes que se
engana
Sabendo enganada mas
Nem aí com isso ou aquilo
outro
Espelho, espelho meu
Mostre-me o reino encantado,
A realidade paralela
Onde todos estão bem e
feliz
Mostre-me o Narciso de
cada um
O umbigo sujo que não é
mostrado,
Que é escondido de
propósito com adesivo molhado
E o rei na barriga gorda e
inchada
De cada um aí que se diz
ser
Criador de conteúdo
(fútil, falso e
autopromovitório)
Mostre-me a perda de tempo
Mostre-me o carrasco dos
pobres
Mostre-me este mundo torto
Que muitos insistem insistentemente
em ver
Até o furto traumático do
celular por um
Moleque de bicicleta que
curte roubar
Porque é uma puta
profissão
Que dá respeito e moral
Entre outros moleques
Que também roubam celular
Dos comédias trouxas
Que dão mó vacilo no
centrão
Mostre-me o monstro
Monstre-me
Espelho, espelho meu
Nenhum comentário:
Postar um comentário