o mesmo que eu quer
enquanto eles alimentam um desejo transitório,
eu transita entre eles e vê
a cobiça projetada em tudo.
todos estão a consumir o que têm e
o que não têm, também;
o desejo de posse é universal.
e eu apenas satisfaz suas necessidades naturais,
sem preocupação com aquilo que não tem,
ou com o pouco que tem,
mas mais com aquilo que já teve e
que, agora,
não tem mais.
o que eles querem custa caro.
o que eu quer é mais complicado...
dinheiro traz sim felicidade
para aqueles que o têm e sabem gastá-lo.
dinheiro para este é necessário,
mas se esse não existisse,
para ele seria aniversário
todos os dias da sua vida.
todo o mundo moderno ama
a possibilidade de realizar
aquilo tudo que almejam,
seja material ou sexual,
por meio do dinheiro vivo,
ou do crédito cretino.
porém, eu não é todo mundo.
eu é párea desta sociedade de consumo.
eu é um velho de muitos séculos
que agora vagueia,
sem rumo,
na sua jangada de ossos,
sobre um mar feroz, sanguinário
chamado
Mar dos Amores Pós-Modernos.
Ótimo...
ResponderExcluirSério? Poxa... Obrigado pelo comentário, John! Seja bem-vindo.
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