domingo, 13 de abril de 2014

A ruiva do celular púrpura

Subia eu rumo ao Paraíso,
Quando a vi descer da Consolação.
Ela não disfarçava seu sorriso
E eu não escondia minha comoção.

Descia ela de olhos fixos no seu celular
E eu a encarava feito um tarado a bolinar.
Seu aparelho era de capa púrpura
E o meu era de carne rubra.

Essa mina era ruiva,
De um tom assim meio que de uva.
Ela não me viu, nem mesmo de esguelha,

Quando eu passei do lado dela!!
Eu a vi não me dando trela;
Eu a vi colorida e cega.

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