![]() |
Fotografia de Sebastião Salgado exibida em 'Gold - Mina de Ouro Serra Pelada', no Sesc Avenida Paulista |
Da
morte, acho, pouco se sabe;
Da
vida, sei, muito se imagina.
Viver
encanta, é tipo sina;
Morrer
espanta, afã se bebe...
Do
nada viemos, se crê, inibe.
De
tudo fazemos, mas ruína.
Até
parece coisa divina,
Mas
isso é mote que não cabe...
Fazemos
o que então com isso?
Perdemos
de vez nosso juízo?
Que
nada! Basta ver toda graça
Que
é essa nossa estrada braba:
Acorda,
dorme, fala e baba,
Crescendo
e sorrindo na desgraça!
Observação
Soneto NÃO selecionado no concurso "Um Libreto e Cem Sonetos" da Cartola Editora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário