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"... os olhos de Cádmio jorrando um sangue negro enquanto era avidamente devorada." |
Por
mais nojento que possa parecer, a carne de um demônio morto é uma iguaria fina
e muito saborosa em um planeta onde a fome se alastra além do horizonte de
areia. Cádmio a comia e se sentia muito bem. Seus irmãos e pai não se
incomodavam tanto com isso. Pelo contrário, eles até queriam comer da carne
demoníaca, porém, se um homem a ingerisse, acabaria se tornando um demônio da
fome e, esses três, não desejavam isso. Eles queriam apenas sobreviver e ver
sua irmã e filha restabelecida, a fome dela era a mais feroz do grupo. Foi numa
dessas rotinas de pós-batalha que Baal os atacou. Vindo rasante dos céus de
sangue, Baal investiu certeiro em Cádmio debruçada sobre uns cadáveres
mutilados. Baal atacou-a pelas costas, cravando-lhe suas garras sujas em seu
marmóreo pescocinho. Estephan não foi páreo para Baal. Ele foi agarrado e
jogado dos céus na primeira investida furiosa que ousou ariscar em direção a
Baal. Dédalo não teve chances. Estratagema algum resolveria o páreo diante de
um rabo-foice, que velozmente lhe varou o abdômen. Adrian lutou, resistiu bem,
porém perdeu e foi deixado de lado inconsciente. Ele não viu os olhos de Cádmio
jorrando um sangue negro enquanto era avidamente devorada.
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