quinta-feira, 27 de agosto de 2020

QUANDO A FLOR NÃO É DE LIS

Imagem: Mandrágora / veja.com.br / istock / getty images


Em platôs de grande estima,

Eles perambulam eretos,

Bem-vestidos, nada discretos;

São os filhos da mãe que mima.

 

Eles estão lá por estar,

Já nasceram ali mesmo;

Seus passeios não são de enfermo.

Gozam de plena saúde, até matar.

 

Quando assassinos, a coisa vira.

Até amigos ficam de boca caída,

Parecendo caso de novela mexida.

Quem vê, inflama! Vem a ira!

 

Contudo, porém, entretanto,

Tamanho caso dura pouco.

Logo vem outro e dá o troco.

No Olímpio não há santo.

 

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