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Caminhando na quase-chuva,
Vejo gente correndo
apavorada,
Querendo fugir da enxurrada
Que se aproxima acima
uiva.
Vejo-os e não os entendo,
Fugindo assim mó medo
Por causa de um dilúvio
Que só se fez silvo.
Vejo-os se abrigarem,
Querendo não se molhar
tanto;
Um e outro vão empurrando;
Cada um por si, o resto é
tonto.
Quanto a mim, parado fico
Olho para cima para ver
E não vejo, só sinto na
palma da mão aberta
O primeiro e único pingo.
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