sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Anotações de um bebum introvertido (2)


Mesmo casados eles não dividem nem a música que cada um curte!!





Enquanto o corpo inerte repousa, seus ditos camaradas tiram mó sarro da carcaça embriagada. Nem a amizade fica sóbria depois de 13 garrafas!!!





A mina que vejo a minha frente se debruça confortavelmente sobre a vitrine iluminada de guloseimas disponíveis. Seu quadril procura calor, calor calórico.





O QUE EU QUERO CUSTA CARO.





Este que vejo limpar o terço na torneira com detergente estará tentando limpar seus pecados ou se apresentar respeitável diante das vadias suicidas??





Não há exemplo melhor: a Rua Augusta é um travesti provocativo; ele sempre deixa à mostra, quando se senta, a calcinha fio-dental vermelha que está usando!





Ela rói as unhas desesperadamente. Não sei se é preocupação ou falta de rola na boca homicida.





A Esperança que reside numa azeitona sem caroço não é a mesma que reside numa ervilha envolta em maionese.





Ela mete os fones nos ouvidos sem dó nem piedade. Depois reclama que eu não sei ouvi-la. E quando saca seu espelhinho sempre disponível, disfarça muito bem seu receio de ser rejeitada. Não adianta mais alisar o cabelo aplicado. Minha filha, você já não é mais desejável!





Este é mais um lembrete pra você mesmo: não encare as mulheres acompanhadas, por mais que elas lhe sejam desejáveis, o perigo vizinho, além de fatal, é passional e banal. Fique esperto, meu filho.

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